Muito se discute sobre a questão da
sustentabilidade dentro das empresas hoje em dia, e quais são os seus esforços
para reduzir o impacto que causam ao ambiente quando produzem e distribuem os
seus produtos país afora. O problema é que, trabalhando com recursos que são
finitos em uma escala de produção cada vez mais acelerada, as gerações futuras terão
que pagar o preço. O outro problema a ser resolvido é em que medida manter um
negócio sustentável é atraente, ou seja, o quanto uma estrutura sustentável
incrementa ou compromete o faturamento da empresa para o empreendedor estar
disposto a seguir este caminho. Foi exatamente sobre isso que o IBOPE Ambiental nos faz pensar.
Na década de 60, nasceu a ideia de
que os recursos que o mundo oferece são finitos, aproveitáveis na medida em que
o próprio planeta pode restitui-los. Na década seguinte, Gro Harlem, ministra
da Noruega e que presidiu a comissão da ONU, cunhou o termo “sustentabilidade”,
definido basicamente como "satisfazer as necessidades
do presente sem comprometer a capacidade de garantir as necessidades do
futuro".
Voltando ao século XXI, precisamente
no fim da primeira década, o marketing sustentável utilizado por algumas
empresas revela, na verdade, a prática do greenwashing, ou seja, campanhas que
prezam pela conservação do meio ambiente e que passam para o público a ideia de
que a empresa é ecologicamente responsável, mas na realidade os fatos indicam
que as ações realizadas por essas empresas contribuem somente para os seus
próprios interesses.
Pensando sobre o passado, percebemos
que as empresas encontram certa resistência e dificuldade ao tentar gerenciar
os seus negócios de forma que possam agradar a opinião pública, e ao mesmo
tempo incrementar a sua rentabilidade. Antes de tudo, temos que ter em mente
que a empresa só segue o caminho da sustentabilidade ao trabalhar os elementos
da sua cadeia de produção que afetam diretamente o seu negócio. Um exemplo é o
esforço realizado para a economia de energia e água. Outro fator é o pleno
conhecimento da cadeia de produção, a questão da rastreabilidade e a
vulnerabilidade do suprimento, para certificar a qualidade do produto e reduzir
custos.
Não são só as empresas privadas que
precisam pensar sobre isso, o governo também deve tomar decisões importantes
relativas ao impacto causado ao ambiente. Uma das maiores discussões é sobre as
energias exploradas pelo país, que deve escolher entre a matriz energética
clássica baseada em termoelétricas, ou a que utiliza um recurso auto renovável,
a hidroelétrica. O problema parece simples
se analisado superficialmente, mas cada uma das opções possui suas
vantagens e desvantagens. No caso, o governo precisa escolher o menor dos
males, uma vez que, enquanto as termoelétricas aumentam o efeito estufa, as
hidroelétricas alagam grandes áreas.
O futuro também guarda novas
oportunidades de negócios para um mundo tão preocupado com a sustentabilidade.
Entre essas oportunidades, figuram-se as práticas que algumas cidades podem
realizar, pagando os donos das nascentes dos rios para que eles não poluam a
água; uma prática inteligente, pois é mais barato manter a qualidade da água ao
invés de tratá-la. Outra oportunidade seria a “privatização” de algumas
florestas, que funciona da seguinte maneira: o governo abre concessões para as
empresas, que passam a poder explorar a área da floresta extraindo recursos
naturais de forma controlada, e também oferendo serviços (observação da
natureza e esportes radicais). O beneficio seria a redução de custos com
monitoramento das grandes florestas, e ainda permite o desenvolvimento ambiental
adequado do patrimônio florestal. Outra oportunidade, que inclusive já é muito
aproveitada atualmente, é a redução dos custos das empresas através do processo
de reciclagem de seus produtos, que em alguns casos gastam apenas um terço da
energia que precisariam pra produzir um produto novo.
Pra finalizar, os países precisam
ficar de olho no conceito de Economia Verde, que verifica a velocidade com que
são consumidos os recursos naturais. As empresas, estatais ou não, devem
perceber que uma estrutura sustentável é naturalmente redutora de riscos. O
domínio do ciclo de vida e da cadeia de produção do produto gera a previsão e
mitigação dos riscos, contribuindo para a estabilização da sua operação,
tornando-a atraente para os investidores que acreditam e confiam nessa imagem
de estabilidade. Apesar dos desafios que as empresas encontram ao tentar
desenvolver tal estrutura, o desafio maior ainda é a mudança dos hábitos
insustentáveis de consumo do próprio consumidor.
Grupo:
Carolina Castanha
Gulherme Sá
Nader Assaf
6F
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