segunda-feira, 8 de abril de 2013

IBOPE Ambiental: uma visão mais sustentável do mundo


            Muito se discute sobre a questão da sustentabilidade dentro das empresas hoje em dia, e quais são os seus esforços para reduzir o impacto que causam ao ambiente quando produzem e distribuem os seus produtos país afora. O problema é que, trabalhando com recursos que são finitos em uma escala de produção cada vez mais acelerada, as gerações futuras terão que pagar o preço. O outro problema a ser resolvido é em que medida manter um negócio sustentável é atraente, ou seja, o quanto uma estrutura sustentável incrementa ou compromete o faturamento da empresa para o empreendedor estar disposto a seguir este caminho. Foi exatamente sobre isso que o IBOPE Ambiental nos faz pensar.




            Na década de 60, nasceu a ideia de que os recursos que o mundo oferece são finitos, aproveitáveis na medida em que o próprio planeta pode restitui-los. Na década seguinte, Gro Harlem, ministra da Noruega e que presidiu a comissão da ONU, cunhou o termo “sustentabilidade”, definido basicamente como "satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de garantir as necessidades do futuro".





     Voltando ao século XXI, precisamente no fim da primeira década, o marketing sustentável utilizado por algumas empresas revela, na verdade, a prática do greenwashing, ou seja, campanhas que prezam pela conservação do meio ambiente e que passam para o público a ideia de que a empresa é ecologicamente responsável, mas na realidade os fatos indicam que as ações realizadas por essas empresas contribuem somente para os seus próprios interesses.

            Pensando sobre o passado, percebemos que as empresas encontram certa resistência e dificuldade ao tentar gerenciar os seus negócios de forma que possam agradar a opinião pública, e ao mesmo tempo incrementar a sua rentabilidade. Antes de tudo, temos que ter em mente que a empresa só segue o caminho da sustentabilidade ao trabalhar os elementos da sua cadeia de produção que afetam diretamente o seu negócio. Um exemplo é o esforço realizado para a economia de energia e água. Outro fator é o pleno conhecimento da cadeia de produção, a questão da rastreabilidade e a vulnerabilidade do suprimento, para certificar a qualidade do produto e reduzir custos.

            Não são só as empresas privadas que precisam pensar sobre isso, o governo também deve tomar decisões importantes relativas ao impacto causado ao ambiente. Uma das maiores discussões é sobre as energias exploradas pelo país, que deve escolher entre a matriz energética clássica baseada em termoelétricas, ou a que utiliza um recurso auto renovável, a hidroelétrica. O problema parece simples  se analisado superficialmente, mas cada uma das opções possui suas vantagens e desvantagens. No caso, o governo precisa escolher o menor dos males, uma vez que, enquanto as termoelétricas aumentam o efeito estufa, as hidroelétricas alagam grandes áreas.

            O futuro também guarda novas oportunidades de negócios para um mundo tão preocupado com a sustentabilidade. Entre essas oportunidades, figuram-se as práticas que algumas cidades podem realizar, pagando os donos das nascentes dos rios para que eles não poluam a água; uma prática inteligente, pois é mais barato manter a qualidade da água ao invés de tratá-la. Outra oportunidade seria a “privatização” de algumas florestas, que funciona da seguinte maneira: o governo abre concessões para as empresas, que passam a poder explorar a área da floresta extraindo recursos naturais de forma controlada, e também oferendo serviços (observação da natureza e esportes radicais). O beneficio seria a redução de custos com monitoramento das grandes florestas, e ainda permite o desenvolvimento ambiental adequado do patrimônio florestal. Outra oportunidade, que inclusive já é muito aproveitada atualmente, é a redução dos custos das empresas através do processo de reciclagem de seus produtos, que em alguns casos gastam apenas um terço da energia que precisariam pra produzir um produto novo.

            Pra finalizar, os países precisam ficar de olho no conceito de Economia Verde, que verifica a velocidade com que são consumidos os recursos naturais. As empresas, estatais ou não, devem perceber que uma estrutura sustentável é naturalmente redutora de riscos. O domínio do ciclo de vida e da cadeia de produção do produto gera a previsão e mitigação dos riscos, contribuindo para a estabilização da sua operação, tornando-a atraente para os investidores que acreditam e confiam nessa imagem de estabilidade. Apesar dos desafios que as empresas encontram ao tentar desenvolver tal estrutura, o desafio maior ainda é a mudança dos hábitos insustentáveis de consumo do próprio consumidor.




Grupo:

Carolina Castanha 
Gulherme Sá 
Nader Assaf
6F

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