domingo, 7 de abril de 2013

IBOPE Ambiental


Sustentabilidade para o seu negócio e as
novas práticas de consumo.



            Sabemos que os padrões de consumo que temos atualmente não poderão ser sustentados ao longo dos próximos anos. As estatísticas comprovam que a disparidade entre os recursos retirados e os repostos pela natureza é cada vez maior. É um fato que, caso continuemos a seguir essa tendência desenfreada, não teremos mais matérias primas para a produção e nem áreas suficientes para depositar os detritos.

            Dado esse panorama, o IBOPE ampliou seu portfólio de serviços através de uma nova frente de negócios: o IBOPE Ambiental, dirigido pelo Mestre em Física Shigueo Watanabe Jr. Com uma vasta experiência em sustentabilidade e boas práticas de consumo, Shigueo tem como principal desafio convencer os clientes de que a maneira de se organizar a economia atual não se sustentará para os anos vindouros. Nos projetos, o instituto se apropria de dados secundários, auxiliando as empresas na retirada de certificados ambientais, redução de emissão de carbono e principalmente na gestão de minimização dos impactos ambientais através de análise da produção diária das mesmas.



Figura 1. Fonte: www.coletivoverde.com.br


O início da sustentabilidade e o seu atual panorama

            Não é de hoje que a sustentabilidade é levada como algo importante na vida funcional de uma empresa. Os relatórios de responsabilidade social existem desde 1960 (clube de Roma e Estocolmo) e visavam acordar entre governos e países, uma legislação que tornasse a produção de qualquer ponto da indústria sustentável - sócio e ambientalmente.

            Contudo, as empresas passam hoje por um momento muito delicado. De acordo com Shigueo, o Greenwashing já é percebido como uma prática socialmente irresponsável. Uma mera propaganda enganosa para tentar maquiar o real impacto das atividades empresariais no meio ambiente. Infelizmente, a maioria dos gestores e empresários não compreende que verdadeira necessidade de um compromisso social, ambiental e econômico vai muito além da redução das emissões de detritos. Uma nova gestão de produção deve estar alinhada com a possibilidade de renovação de recursos e com um consumo responsável.


A sustentabilidade legal e lucrativa

            A sustentabilidade pode se tornar forte aliada de uma produção lucrativa. Para tanto, é fundamental estar atento a todas as ações que fazem parte do processo de produção da empresa, e preocupar-se também com o entorno, que vai além do espaço interno empresarial, ou fabril.

            Conhecer cada detalhe das etapas de produção é o primeiro passo para exigir uma conduta sustentável de seus fornecedores, produtores e revendedores. Isto é: não apresentarão riscos ao seu produto, à longevidade de sua empresa, à sua imagem e claro, ao meio ambiente. Daí surge uma nova estratégia de qualificação de produto e de responsabilidade com o meio ambiente: a rastreabilidade. Além de garantir a qualidade da produção, a rastreabilidade ajuda a reduzir riscos, aumenta a vida útil dos processos de sua empresa, baseando-se em mapear todos os processos de produção os envolvidos afim de exigir uma conduta diferenciada e sustentável em cada uma das etapas críticas de toda a produção.

            As empresas precisam pensar formas sustentáveis de atuar para que essa conduta acarrete em maiores lucros em suas atividades. A sustentabilidade gera benefícios que vão além da preocupação com o meio ambiente; deve incentivar o lucro, processos mais saudáveis e duradouros, além de praticidade e redução de custos operacionais.

            Um exemplo que pode representar bem a rastreabilidade e a influência da sustentabilidade na economia de uma empresa consiste em imaginar uma fábrica que utiliza a água de determinado rio para sua produção. A qualidade da água, se torna parte de sua preocupação. Consequentemente preocupar-se com a ação de outras empresas instaladas no entorno passa a ser o seu papel também. Assim ela pode incentivar as outras empresas a utilizar os recursos de maneira sustentável, para que não prejudique seus negócios, contribuindo para a qualidade e longevidade de sua atuação no mercado. Há muitas empresas que custeiam a atitude sustentável de outras empresas, pagam, como forma de incentivo; o que mostra claramente que a qualidade dos recursos naturais influi em vários processos de uma empresa, e a boa manutenção destes interfere diretamente em seus negócios.


Os atuais desafios e algumas propostas para o futuro

            Os avanços sobre a pauta da sustentabilidade já são perceptíveis. Não obstante, a postura de empresas e pessoas tendem a mudar cada vez mais. E estar preparado para tudo isso é essencial.

            Algumas das atuais preocupações com relação às maneiras trabalhadas no futuro foram descritas por Shigueo e estão mencionadas abaixo.

Hidrelétricas x Termelétricas
            Um exemplo de grande discussão atual no país é o conflito da produção de energia elétrica: Hidrelétrica x Termoelétrica. A energia proveniente de usinas hidrelétricas é 100% renovável e limpa. Porém para que sua produção seja viável, são construídas barragens e represas que expulsam pessoas de suas terras, são as principais causadoras de alagamentos no entorno e comprometem a sobrevivência de biomas locais. A última dessas ações resulta em uma enorme produção de CO2, advinda da decomposição de árvores e detritos que residem debaixo d’água.
            As termelétricas, por sua vez, liberam grande quantidade de CO2 na atmosfera durante a sua produção de energia. Essa é uma discussão de âmbito político e não pode ser respondida apenas pela opinião de engenheiros e biólogos. Cabe aos governantes e economistas estudarem a melhor maneira de agir no momento atual do país.  Enquanto a polêmica se mantém nenhuma atitude é tomada para evitar danos ao meio ambiente.
Futurologia
            Nada de vidência. A futurologia do IBOPE apenas apresenta resultado de estudos que indicam possíveis novos mercados advindos da sustentabilidade. Mais do que agir de maneira sustentável empresas poderão criar novos “produtos”, novos mercados e potencializar os seus negócios. O mercado de créditos de carbono já é uma realidade, mas podem vir por aí mercados de água, de florestas, entre outros comercializáveis e suas peculiaridades.
Florestas
            O governo cobra e cobrará mais ainda, altas taxas e multas para que empresas possuam uma área de floresta equivalente a mesmo tamanho da sua área de produção. Um bom negócio que surge disso, é a compra de terra para plantar árvores e depois alugar para empresas.
Água
            Mais do que um bem de valor, algo que já acontece é o pagamento de uma quantia para que produtores não despejem tóxicos ou dejetos dentro de rios e córregos. O outro lado da moeda, mostra que, para o governo, pagar essa taxa aos proprietários sai mais barato do que conduzir uma estação de tratamento de água.
Economia Verde
            Uma análise que mede além do PIB, reservas e a logística do governo para consumir e lidar com elas, colocando valor nas reservas e o plano de governo em evidência no mercado.
Logística Reversa
            Atualmente, a única preocupação que se tem por parte das empresas, é disponibilizar a produção em inúmeros pontos de venda, aumentando assim o seu mercado. Contudo, uma tendência muito próxima é que as empresas deverão também cuidar do descarte desses produtos e aproveitar o despejo deles. É possível extrair dos detritos matéria prima para reuso e também gerar energia, o que já é bem presente na indústria de alumínio. Uma boa gerência da reciclagem: capaz de beneficiar a empresa e todos os stakeholders envolvidos nesse negócio.
Novas visões de consumo
            Uma nova visão de consumo é pautada em uma profunda mudança em como encaramos todas as nossas atividades diárias. Ela instiga os cidadãos a refletirem sobre a real importância e magnitude de nossos hábitos, convidando a uma reorganização do que é supérfluo e dispensável. Em linhas gerais, a tendência é que passemos a consumir apenas o que não danifica o ciclo natural do planeta. Isso é válido para a carne que consumimos o petróleo que queimamos e o lixo que deixamos de reciclar/reutilizar. A partir disso, teremos consciência de que o limite de produção é aquele imposto pela natureza em sua ordem natural de reposição. E que esse limite deverá sempre ser respeitado.


Figura 2: A 100 Thing Challenge. Depois de perceber que a maioria das coisas que possuía eram inúteis, um americano se dispôs a viver 100 dias com apenas 100 objetos. Uma clara manifestação de que vivemos um consumismo exagerado.

            A sustentabilidade não deve ser encarada como um conceito chato imposto na sociedade e nos setores empresariais. Deve ser encarada como uma forma de vida benéfica, eficiente e eficaz para a grande maioria da empresa. Não podemos descartar a aplicação da sustentabilidade para a obtenção de lucro nos negócios, na redução de custos operacionais e na busca pela longevidade das marcas, empresas e sociedades.
            Jamais devemos considerar que uma prática sustentável deve interferir na forma desenfreada como consumimos tudo, e como produzimos tudo, desconsiderando os processos de descarte e/ou reuso. Buscar formas eficientes em cada etapa de produção e eficazes no resultado, deve ser uma busca constante das empresas; e elas podem ter a certeza de que a sustentabilidade será uma grande aliada.



Grupo
Antonio Carlos Biagioni Filho
José Sobrinho de Carvalho Junior
Lucas d'Affonseca Ribeiro
Lucas do Amaral Ohara

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