domingo, 26 de maio de 2013

Palestra Glocal - Beatriz Mello



Na aula de ACCM do dia 20 de maio, contamos com a presença da Beatriz Mello – diretora de pesquisa na Discovery Comunicações – que realizou a última palestra do eixo internacional da disciplina. O tema da palestra girou em torno da importância da comunicação “glocal” na estratégia de empresas multinacionais e na otimização de seus resultados, além da importância de levar em consideração as diferenças regionais em diversos aspectos organizacionais.

Beatriz iniciou a palestra contando um pouco sobre seu histórico. Nascida no interior de SP, com 17 anos decidiu que queria estudar publicidade na ESPM. Durante seus 15 anos de carreira, trabalhou em empresas de entretenimento como Globosat e Viacom. Foi na Viacom, dona de uma variedade de canais por assinatura e 5ª maior empresa de entretenimento do mundo, que Beatriz começou sua experiência no âmbito internacional.
A palestrante contou suas experiências com base nos seguintes pilares:

O mundo de um projeto global
O mundo de um projeto global é um mundo “360º”. Ou seja, a comunicação é feita por diversas línguas diferentes, o fuso horário é um fator extremamente relevante, e a diferença cultural deve ser sempre levada em consideração.

O mundo é diferente
Os principais fatores que diferenciam as regiões, e que devem sempre que estar em mente quando se trata de um projeto global,  são a cultura, religião e língua; tempo e espaço; hábitos e valores. Isso é válido tanto para as pessoas envolvidas profissionalmente no projeto quanto aqueles que serão impactados por seus resultados, ou seja, os consumidores finais.

O mundo é igual
Ao mesmo tempo que o mundo tem diversos aspectos que variam de acordo com a região, existem alguns fatores que não mudam. Esses são o modo como as pessoas veem e se relacionam com a família, tecnologia, com as cidades e desejo de um mundo melhor. Além disso, em relação ao mundo profissional, Beatriz nos lembrou sobre a prática do Summer Friday (funcionários de empresas principalmente americanas costumam ter o direito de trabalhar menos durante o verão).

Assim, como seria possível criar uma comunicação de sucesso que leve em consideração a complexidade do mundo em relação a suas diferenças e semelhanças? É aí que entra a comunicação “glocal”. Ela une a visão macro e genérica do global com a visão focada e a expertise do local. Um profissional que trabalhe num projeto glocal deve quebrar paradigmas, ser aberto às diferenças, planejado e fazer parte da estratégia.

Para explicar melhor o que é a comunicação global e seus benefícios, Beatriz nos trouxe alguns exemplos que envolviam ações desse tipo, no qual a mesma linguagem é utilizada porém com valores diferentes. Um dos exemplos era da Tang. A marca de sucos em pó criou uma comunicação glocal ao derivar seu conceito para o Brasil e para a Arábia Saudita. No Brasil, o mote da campanha era “Preparou, bebeu, faz” e tinha foco em incentivar as crianças a reciclar.


A propaganda da Arábia Saudita tinha um formato e linguagem bem parecidos, mas focava no incentivo de boas ações por parte das crianças sob o mote de “Prep, drink and do some good”.


Outro exemplo foi o lançamento global do Xperia, smartphone da Sony, o vídeo de sua comunicação foi padronizado para o mundo todo, com exceção do Brasil que teve a cena de uma festa indiana trocada por outra cena com o tema copa do mundo. Essa troca só faria sentido para o Brasil, já que o lançamento aconteceu no ano anterior ao ano da copa, ou seja, o Brasil tem um envolvimento muito maior com o tema já que existe toda uma preparação para receber o evento. Essa adaptação de conteúdo aos valores das audiências faz com que o mesmo se torne mais relevante para cada público.

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CSOS6B
Bruna Moura
Ilana Venditti

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