domingo, 24 de março de 2013

Os Consumidores do Futuro

As normas para a publicidade infantil estão cada dia mais restritivas, e não é à toa: as crianças passam de 2 a 4 horas por dia na frente da TV, e são bombardeadas com aproximadamente 30 anúncios por hora! Hoje os baixinhos já influenciam 80% da decisão de compra dos adultos. Pais afirmam que 40% de suas compras são para agradar os desejos dos filhos, e 72% deles estão dispostos a pagar mais caro pelo produto que o filho prefere. Ou seja, as crianças são um público cada vez mais decisor, ultrapassando a barreira da simples influência. Apesar de todas as restrições, estudos apontam que 83% das crianças são influenciadas pelos comerciais de tv. Elas possuem mais autonomia na decisão dos produtos que desejam consumir, e utilizam os pais como meio para isso, já que não possuem independência financeira para tal.


O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) percebeu a influência da mídia nas crianças e estabeleceu uma seção específica para Crianças e Jovens em seu código:

Sendo assim, as marcas que se propõe a trabalhar com esse mercado devem ser muito cautelosas, procurando formas de impactar o público infantil sem fugir às normas. Para isso, as empresas precisam entender as crianças, descobrir do que gostam ou deixam de gostar, o que tem um efeito positivo nelas e o que causa estranhamento, quais são os seus sonhos e aspirações, seus exemplos de vida, referências, heróis e tudo mais que pode influenciar seu comportamento de compra.


Na busca por essas informações, as empresas começaram a contratar as empresas de pesquisa de mercado, focadas em entender as necessidades do consumidor e o seu comportamento de compra. A Qualibest é uma delas. Presente no mercado há 13 anos, é pioneira em pesquisas on-line no Brasil e já realizou mas de 2.500 estudos.
Eles perceberam que hoje as pesquisas precisam ser muito mais dinâmicas e objetivas, visto que as pessoas levam uma vida agitada e ocupada. Isso também se aplica no universo infantil, já que as crianças dessa geração são extremamente dinâmicas e já estão inseridas nas tecnologias desde cedo.


Pensando nisso, a empresa desenvolveu o Q Painel Kids, que envolve diversos métodos de pesquisas voltadas para crianças de 8 a 17 anos, como jogos, chats e blogs, onde as crianças podem interagir com a marca e com as outras crianças, tornando o momento da pesquisa mais agradável e divertido.
Em estudo para descobrir o papel de destaque que as crianças ocuparão no futuro, a Qualibest levantou dados e fatos do dia-a-dia, como alimentação, diversão, lazer, leitura e outros hábitos. Eles verificaram que as crianças já conhecem algumas marcas, mas que a grande maioria só reconhece os produtos que quer pelos personagens que as marcas utilizam.

Os personagens servem como encurtadores do branding, e chegam até a substituir a marca. Não é mais Johnson &Johnson, é o band-aid das princesas. Ou seja, há uma grande oportunidade para marcas que se utilizam do licenciamento de personagens, e que marcam presença na mídia. Afinal, se a criança não vê o comercial, não vai pedir o produto aos pais. Essa presença massiva de produtos personificados gera revolta em muitos pais e estudiosos. “É a mesma maçã que tem na bancada, mas só porque é da turma da mônica custa o triplo do preço”, como disse Luzia em sua palestra em sala.
Helleno Carvalho, estudante e blogueiro, vai contra esse pensamento, e acredita que é graças à publicidade infantil que temos os desenhos educativos e voltados a esse público. Esses são mantidos pela verba gasta nas inserções comerciais dos canais, e são essenciais para o desenvolvimento da criança.


E a briga não para por aí. Atualmente, podemos encontrar milhares de vídeos discutindo a proibição ou não de propagandas a esse público. Encontramos um caso famoso, onde duas instituições importantes fizeram seus vídeos, a favor e contra a veiculação de propagandas para a crianças na televisão. Uma das campanhas é da ABAP (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), e a outra é do instituto Alana. O sociólogo Laurindo Leal Filho para analisar as propostas:


E você, é a favor ou contra a publicidade direcionada a crianças?

Grupo:
Cristina Sider
Mariana Papa
Mayra Campagna
Paula Riso

Comunicação Social 6B

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