Não
há muito, a relação consumidor-empresa sofreu alterações que jamais teríamos
imaginado. Com o crescimento das mídias sociais e o aumento constante de
usuários, foi possível o desenvolvimento de novos hábitos no ciclo de consumo.
Se
antes éramos passivos no processo de comunicação, dependendo basicamente da
propaganda do produto para a decisão de compra; hoje somos, talvez, a principal
ferramenta de auxílio e também de perigo para as empresas.
Com
a criação dos SACs, o consumidor, enfim, encontrou um meio de exigir e cobrar
serviços. Pela primeira vez existia uma comunicação direta entre o cliente e
quem providenciava um produto ou serviço. Por outro lado, as mídias sociais
tiram qualquer controle que as empresas têm sobre as opiniões de seus clientes.
Teve
início a comunicação horizontal. Consumidores trocam informações entre si,
sobre as qualidades e defeitos de determinado serviço ou produto. E os
responsáveis, na maioria das vezes, nem ao menos sabem disso.
No
meio digital, o indivíduo tem a sensação de estar no centro dos acontecimentos
e a exposição em larga escala auxilia na falsa relevância de seus comentários.
Os
consumidores são dividos em três principais categorias no meio digital:
Conectores: Aqueles que trocam opiniões.
Bem informados: São aqueles que fornecem
informações relevantes e específicas sobre os produtos ou serviços.
Influentes: Conseguem convencer outras
pessoas a consumirem determinado produto ou serviço a partir de sua própria
opinião.
O
processo de compra atual mostra que a pesquisa prévia sobre o produto é uma
etapa fundamental sobre a compra do mesmo. Sendo assim, essa participação que
os consumidores possuem nas redes sociais é de grande influência para a decisão
final de compra.
Aos
poucos, essa movimentação dos consumidores no ambiente digital se transformou
em fonte para pesquisa das empresas mais atentas. Algumas até mesmo se
inseriram nesse ambiente de redes sociais, e agora tiram dele informações que
não conseguiriam antes com uma pesquisa de mercado tradicional.
Dois
exemplos de lançamento de produtos baseados no ativismo de consumidores internautas
são a criação da Bald Barbie pela Mattel e o relançamento do ferrorama com a
Estrela. O primeiro começou com uma campanha pela conscientização do câncer
infantil nos Estados Unidos e o segundo em uma comunidade no Orkut (em 2010,
essa rede social ainda era a mais usada pelos brasileiros).
Atualmente também existe uma grande intersecção simultânea de
telespectadores e usuários de redes sociais. 27% desse público confirmam dar um
“feedback” imediato para a web perante o que está sendo transmitido pela
televisão convencional (por exemplo, novelas, jornais, reality shows etc). Isso
confirma o fato de que as empresas precisam estar 100% do tempo atentas com os
públicos receptores e produtores de conteúdo por esses canais digitais. É
importante também que as empresas utilizem esses meios de informação para
passar mensagens simultâneas por meios diferentes, criando assim pela junção
estratégica de meios de comunicação uma sinergia de recepção de conteúdo e
respectivamente um aumento de share of mind da marca.
André Ribeiro
Augusto Romi
Frederico
Marquezini
Guilherme
Lubianchi
Henrique
Castilho
CSO – 6A
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