Com a evolução do mundo, é impossível pensar que o consumo
possa ser sempre o mesmo, porque ele assim como o mundo, ele evolui, se adapta
as novas ferramentas, as novas realidades.
Entender como pensa o consumidor do século 21 é indispensável,
porque em um ponto todos os estudiosos do consumo concordam, ele quer ser
entendido, ele quer ser atendido e ele quer ser ouvido.
Essa talvez seja a maior revolução do consumo nos últimos
anos, o empoderamento do consumidor. Ele hoje não é mais apenas o consumidor de
uma marca, ele também se tornou seu juiz, seu propagador, e em algumas vezes
seu algoz.
A revolução é tanta que o processo de compra foi alterado, entre
o estímulo de compra e o “first moment of truth” antes não havia nada, o comprador
ia do interesse a compra munido apenas das informações que obtinha da
publicidade da marca e da opinião de alguns amigos mais próximos caso eles
tivessem algum contato com o produto.
Hoje antes da compra,
da experiência física do produto/serviço o potencial consumidor tem a
oportunidade de se informar, pesquisar, obter o máximo possível de informação,
e isso ficou conhecido como ZMOT, ou “zero moment of truth”.
Por conta dessa revolução as marcas tiveram que mudar seu posicionamento, a comunicação que já foi “one to one” e “one to many” hoje é “many to many”, e a empresa que não estiver no meio dessa troca de informação não vai conseguir atender as expectativas de seu consumidor.
Isso porque o consumo hoje não contempla só o produto, funcionalidades
a parte, hoje a compra envolve afirmação, ao escolher um produto, o consumidor também esta escolhendo o posicionamento dessa marcar, a compra hoje envolve
ética, ecologia, cidadania, ela se tornou um statement.
Statement porque o consumidor atual quer uma marca que fale
a sua língua, que expresse sua identidade, seu estilo de vida. Ele segue
tendências, mas usa apenas as que complementem a formação da imagem que quer
transmitir. E por conta disso, massificações como o uso de celebridades influem
cada vez menos no processo de compra.
Esse consumidor 2.0 também é multicanal, ele reserva
ingressos pelo celular, faz comprar pela internet, lê seu jornal no tablet, e
espera ter acesso as marcas em todos eles. Integrar se tornou a palavra de
ordem, quanto mais integrada uma marca tiver, quanto maior o numero de canais
ela tiver a disposição do consumidor, maior vai ser seu alcance e maior vai ser
seu awereness.
Da base da pirâmide de Maslow, às mais subjetivas, o consumo
em si sempre existiu com um único proposito, atender necessidades, mas quando
evoluí o mundo, elas evoluem também, e em meio a revolução digital, a empresa
que quiser atende-las, vai ter que lançar mão de um artificio nada
revolucionário, contato.
Jayme Neto
Lucas Jannarelli
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