domingo, 24 de março de 2013

Muito mais que Revolução Digital #osincriveisultimos10anos


          “A revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas. Acontece quando a sociedade adota novos comportamentos.” Iniciamos o post de hoje com essa frase, pois ela compila a nossa realidade atual. Quando uma revolução está ocorrendo, nós não a percebemos. Só a notamos a partir das mudanças de comportamento que surgem a partir dos acontecimentos. é por isso que hoje podemos dizer que estamos em plena revolução tecnológica, pois ao observar os hábitos dos consumidores, percebeu-se a drástica mudança de comportamento. Entre os anos de 1930 e 1990, tivemos 50 anos de profundas mudanças. Contudo, podemos afirmar que nos últimos 10 anos, mudamos mais que nos 50 anos antes considerados.
          Não é novidade ouvirmos e repetirmos que hoje em dia o mundo inteiro está conectado,portanto, podemos chamar a comunicação de “Many to many” (e não mais “one-to-one”). Todo mundo está se comunicando ao mesmo tempo e ainda todos são capazes de gerar mídia, ou qualquer tipo de conteúdo. Atualmente o consumidor, ou “neoconsumidor” é muito mais influente e determinante nas estratégias e diretrizes das empresas, uma vez que além de global, ele é também multicanal e digital.

          O cenário mudou, e hoje qualquer marca quer ouvir o que o seus consumidores têm a dizer sobre seu produto, bem como sugestões e críticas. Um exemplo deste novo momento, é a forma como, hoje, a decisão de compra é tomada: quando recebemos estímulos por meio da comunicação de um produto, pesquisamos melhor sobre ele, através de experiências de outras pessoas, em redes sociais e blogs. Por isso, a decisão de compra tem muito mais força através do boca a boca e da experiência com o produto. O consumidor, enfim, está mais consciente e isso significa uma nova postura e mais humana, definindo uma nova cultura e uma nova sociedade.  
          Além da mudança de comportamento da comunicação por parte dos consumidores, houve uma mudança de comportamento em geral perante as informações. Hoje em dia, uma notícia se espalha de forma muito mais veloz e uma mesma notícia pode ser difundida de ilimitadas formas diferentes e com uma intensidade muito maior devido ao avanço da tecnologia.
          Logo, estamos falando de adaptação e quebra de paradigmas da tecnologia e da comunicação em geral.
          Para tanto, selecionamos a imagem abaixo para ilustrar este novo mundo do qual estamos falando:

          O mais impressionante é que estamos discursando em cima de apenas oito anos de historia, correspondentes à passagem de um Papado para outro, e já notamos, com bastante clareza, a discrepância de realidades, bem como o quanto as pessoas estão  conectadas, globalizadas, multicanalizadas e registrando momentos e armazenando memórias. É mais do que uma mudança de comportamento! Nosso celular e demais aparelhos digitais já se tornaram uma extensão do nosso corpo.
          Recentemente incorporamos o hábito de compartilhar nossa vidas nas redes sociais: verificou-se que faz muito sentido para a sociedade de hoje falar publicamente sobre o que gostamos, acreditamos e achamos sobre qualquer assunto. Um simples “like” no Facebook traz imensa satisfação para o “dono” do “post” ou do comentário ao “post” e essa é uma realidade que vem sido profundamente estudada por muitas instituições, com focos bem diferentes. Uma sensação boa de que somos capazes de influenciar alguém, ou que alguém compartilha do mesmo sentimento que você, mexe verdadeiramente com a autoestima. Esse retorno positivo das pessoas é o combustível de todo esse processo. As pessoas tem, sim, a necessidade de serem ouvidas, mas, principalmente, necessitam sentir-se amadas. O conceito da necessidade humana deve ser revisado, pois estudos apontam grandes alterações ao longo dos anos.
          Hoje, o consumidor não consome apenas bens e objetos, mas consome também cidadania, solidariedade, ética, ecologia. O consumo consciente está crescendo cada vez mais, pois há uma tendência favorável aos assuntos relacionados ao meio ambiente. O número de pessoas dispostas a pagar mais por um produto que seja responsável com o meio ambiente ou mudar o estilo de vida para beneficiá-lo, cresce a  cada dia.
          Além disso, com essas intermináveis mudanças do consumidor, as empresas também tendem a mudar, e isso se reflete numa evolução dos engajamentos: inicialmente as empresas se comunicavam com seus consumidores e esses somente ouviam, sem apresentar uma resposta ativa. Uma segunda etapa veio quando além de se comunicar as empresas começam a ouvir a opinião de seus consumidores, fechando o ciclo do chamado Engajamento Vertical. É então que surge o Engajamento Lateral, o qual possibilita discussões entre os consumidores, sobre uma empresa, seja em redes sociais, ou em conversas informais e nem sempre a empresa falada participa disso.
          Esse cenário evolui cada vez mais, tanto por parte dos consumidores como por parte das empresas e o papel da internet está cada vez mais influente, fazendo-se necessário e viabilizando a comunicação entre mais e mais pessoas. Por isso, a revolução é a adoção de novos comportamentos e não de novas tecnologias.

Integrantes:
Isabela Domingues
Luiza Battistetti
Renata Svaizer
Sheila Gerstler
Sylvia Zonari

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