segunda-feira, 25 de março de 2013

Os alvos de agora para a comunicação no futuro


É notória que a relação e a realidade das crianças está sendo transformada cada vez mais rapidamente por fatores tecnológicos. Nessa mesma corrida, a publicidade tenta interagir cada vez mais e de diversas formas com os consumidores do futuro. Essas interações podem gerar resultados positivos e negativos, mas esse é um assunto polêmico que vai além da ética das empresas, pois envolve também a educação que os pais oferecem e diversos outros fatores.
Surge nesse cenário infantil, um mercado delicado, promissor e volumoso em termos de produtos e serviços e concomitantemente à essa realidade, as pesquisas mercadológicas ganham um espaço cada vez maior. O QualiBest é um instituto de pesquisa de mercado que além de realizar as técnicas de pesquisas tradicionais, se especializou em utilizar a Internet como meio de comunicação e coleta de informações, o que ao nosso ver é seu grande diferencial pois atualmente desde crianças até idosos estão se familiarizando cada vez mais com o uso da internet em seus cotidianos.
Presente no mercado desde Abril de 2000, vem desenvolvendo novas metodologias exclusivas e aprimorando suas ferramentas de coletas de dados, tornando o meio mais ágil e de baixo custo na obtenção de informações.

O objetivo do QualiBest é cadastrar internautas para participarem de um programa de fidelização. Para isto, o QualiBest conta com uma moeda virtual chamada “Q” que é adquirida em qualquer ação que o usuário realize no site: preenchimento de pesquisas no site ou por e-mail; participação em painéis online; participação nas discussões digitais (pesquisa qualitativa em sala de bate-papo); indicação de amigos; preenchimento de cadastros, entre outros. Para focar com resultados ainda mais elaborados e reais, a QualiBest criou uma ferramenta chamada QPainel Kids & Teens que foi desenvolvido especialmente para atender as necessidades do mercado infantil,  jovem e adolescente. De acordo com as informações cedidas pela empresa em seu site, o painel é uma exclusiva base que reúne crianças e adolescentes com idade entre 8 e 17 anos, que têm autorização legal para participar das pesquisas.
Ele é formado pelos filhos de participantes cadastrados no site da empresa, que devido à um excelente relacionamento resultou na participação autorizada dos filhos em pesquisas. Os estudos podem ser quantitativos por meio de questionários on-line, ou qualitativos, utilizando ferramentas como blogs, chats, mergulho digital, entre outras, possibilitando obter dados que podem apoiar a tomada de decisões.

Atualmente nos deparamos com uma batalha no universo da publicidade infantil,  muitos querem proibir enquanto outros acham que beira o exagero. Vamos refletir um pouco? Pensando na seguinte cena: uma criança assiste televisão no sofá de sua casa, nos intervalos do desenho animado, comerciais animados se revezam. Um deles, de um achocolatado, chama a atenção da criança. No mesmo momento, ela chama seu pai para atender ao novo desejo da criança. Se sentindo culpado por não poder passar tanto tempo quanto gostaria com seu filho, corre para compensar sua ausência com o achocolatado. A criança bebe o produto industrializado e, satisfeita, já pensa no próximo pedido. No Brasil e no mundo todo situações como essas são normais. As crianças são curiosas, ávidas em aprender sobre tudo. Como todos nós, têm necessidades e desejos. E muitos deles são atendidos através do consumo.
Porém, nessa situação, o problema está na publicidade ou na relação familiar entre pais e filhos? Já pensamos que além de incentivar o consumo, a publicidade também pode educar?
Vamos pensar também nos dados apresentados pela pesquisa do QualiBest:
  • as crianças passam de 2 a 4 horas por dia na frente da TV;
  • elas são bombardeadas com aproximadamente 30 anúncios por hora;
  • as mesmas influenciam 80% da decisão de compra dos adultos;
  • 40% das compras dos pais são para agradar os desejos dos filhos;
  • 72% dos pais estão dispostos a pagar mais caro pelo produto que o filho prefere;
  • 83% das crianças são influenciadas pelos comerciais de TV;
  • a palavra diversão, para as crianças, remete primeiramente à tecnologia (internet, game, computador, facebook, games, e TV), ou seja, atividades solitárias;
  • para elas, a palavra brincadeira é associada à atividades externas e pressupõe movimentação, como brincadeiras que atravessam os tempos (pega-pega, esconde-esconde, gato mia, etc) e envolve outras crianças.

     Além desses dados apresentados, outra parte da pesquisa é composta por uma associação que as crianças devem fazer sobre elas mesmas e personagens de desenhos com os quais elas se identificam. Através das respostas, além de ser possível definir o perfil das crianças, conseguimos ver a importância que os personagens possuem quando utilizados como representantes de certas marcas. Esse licenciamento das marcas serve muitas vezes como um “encurtamento de branding”.


        Um ponto importante de ser observado é a reação das crianças para com esses licenciamentos: a partir do momento que um personagem querido pela criança faz parte de um comercial, a criança cria um interesse pelo produto, e como há um personagem, fica mais fácil para a criança pedir o produto para os pais.


              Para agregar ainda mais pontos de vista nessa discussão, levantamos para vocês este polêmico documentário que trabalha numa perspectiva de alerta geral sobre a publicidade e as estratégias de marketing das grandes empresas no intuito de transformar as crianças e a própria infância num grande buraco negro de consumo e eixo de influência da família. O estudo demonstra o enorme volume de gastos com pesquisas e produções midiáticas direcionadas ao público infantil, comerciais e animações, fast-food, automóveis, celulares etc., que são cada vez mais, feitos olhando a criança como principal consumidora ou “aliciadora” da família, no sentido de convencer os pais sobre como e no que gastar.


                     Qual a sua opinião para sobre assunto tão polêmico?

       Grupo:
       Camila Di Cezar
       Felipe La Porte
       Iany Trisuzzi
       Mike Akama
       Comunicação Social  - 6 A










domingo, 24 de março de 2013

DIGITALIZANDO A REVOLUÇÃO E RETOMANDO O CONTATO


Com a evolução do mundo, é impossível pensar que o consumo possa ser sempre o mesmo, porque ele assim como o mundo, ele evolui, se adapta as novas ferramentas, as novas realidades.

Entender como pensa o consumidor do século 21 é indispensável, porque em um ponto todos os estudiosos do consumo concordam, ele quer ser entendido, ele quer ser atendido e ele quer ser ouvido.

Essa talvez seja a maior revolução do consumo nos últimos anos, o empoderamento do consumidor. Ele hoje não é mais apenas o consumidor de uma marca, ele também se tornou seu juiz, seu propagador, e em algumas vezes seu algoz.

A revolução é tanta que o processo de compra foi alterado, entre o estímulo de compra e o “first moment of truth” antes não havia nada, o comprador ia do interesse a compra munido apenas das informações que obtinha da publicidade da marca e da opinião de alguns amigos mais próximos caso eles tivessem algum contato com o produto.

Hoje antes da compra, da experiência física do produto/serviço o potencial consumidor tem a oportunidade de se informar, pesquisar, obter o máximo possível de informação, e isso ficou conhecido como ZMOT, ou “zero moment of truth”.






Por conta dessa revolução as marcas tiveram que mudar seu posicionamento, a comunicação que já foi “one to one” e “one to many” hoje é “many to many”, e a empresa que não estiver no meio dessa troca de informação não vai conseguir atender as expectativas de seu consumidor.


Isso porque o consumo hoje não contempla só o produto, funcionalidades a parte, hoje a compra envolve afirmação, ao escolher um produto, o consumidor também esta escolhendo o posicionamento dessa marcar, a compra hoje envolve ética, ecologia, cidadania, ela se tornou um statement.


Statement porque o consumidor atual quer uma marca que fale a sua língua, que expresse sua identidade, seu estilo de vida. Ele segue tendências, mas usa apenas as que complementem a formação da imagem que quer transmitir. E por conta disso, massificações como o uso de celebridades influem cada vez menos no processo de compra.

Esse consumidor 2.0 também é multicanal, ele reserva ingressos pelo celular, faz comprar pela internet, lê seu jornal no tablet, e espera ter acesso as marcas em todos eles. Integrar se tornou a palavra de ordem, quanto mais integrada uma marca tiver, quanto maior o numero de canais ela tiver a disposição do consumidor, maior vai ser seu alcance e maior vai ser seu awereness.

Da base da pirâmide de Maslow, às mais subjetivas, o consumo em si sempre existiu com um único proposito, atender necessidades, mas quando evoluí o mundo, elas evoluem também, e em meio a revolução digital, a empresa que quiser atende-las, vai ter que lançar mão de um artificio nada revolucionário, contato.

Jayme Neto
Lucas Jannarelli

Os Consumidores do Futuro

As normas para a publicidade infantil estão cada dia mais restritivas, e não é à toa: as crianças passam de 2 a 4 horas por dia na frente da TV, e são bombardeadas com aproximadamente 30 anúncios por hora! Hoje os baixinhos já influenciam 80% da decisão de compra dos adultos. Pais afirmam que 40% de suas compras são para agradar os desejos dos filhos, e 72% deles estão dispostos a pagar mais caro pelo produto que o filho prefere. Ou seja, as crianças são um público cada vez mais decisor, ultrapassando a barreira da simples influência. Apesar de todas as restrições, estudos apontam que 83% das crianças são influenciadas pelos comerciais de tv. Elas possuem mais autonomia na decisão dos produtos que desejam consumir, e utilizam os pais como meio para isso, já que não possuem independência financeira para tal.


O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) percebeu a influência da mídia nas crianças e estabeleceu uma seção específica para Crianças e Jovens em seu código:

Sendo assim, as marcas que se propõe a trabalhar com esse mercado devem ser muito cautelosas, procurando formas de impactar o público infantil sem fugir às normas. Para isso, as empresas precisam entender as crianças, descobrir do que gostam ou deixam de gostar, o que tem um efeito positivo nelas e o que causa estranhamento, quais são os seus sonhos e aspirações, seus exemplos de vida, referências, heróis e tudo mais que pode influenciar seu comportamento de compra.


Na busca por essas informações, as empresas começaram a contratar as empresas de pesquisa de mercado, focadas em entender as necessidades do consumidor e o seu comportamento de compra. A Qualibest é uma delas. Presente no mercado há 13 anos, é pioneira em pesquisas on-line no Brasil e já realizou mas de 2.500 estudos.
Eles perceberam que hoje as pesquisas precisam ser muito mais dinâmicas e objetivas, visto que as pessoas levam uma vida agitada e ocupada. Isso também se aplica no universo infantil, já que as crianças dessa geração são extremamente dinâmicas e já estão inseridas nas tecnologias desde cedo.


Pensando nisso, a empresa desenvolveu o Q Painel Kids, que envolve diversos métodos de pesquisas voltadas para crianças de 8 a 17 anos, como jogos, chats e blogs, onde as crianças podem interagir com a marca e com as outras crianças, tornando o momento da pesquisa mais agradável e divertido.
Em estudo para descobrir o papel de destaque que as crianças ocuparão no futuro, a Qualibest levantou dados e fatos do dia-a-dia, como alimentação, diversão, lazer, leitura e outros hábitos. Eles verificaram que as crianças já conhecem algumas marcas, mas que a grande maioria só reconhece os produtos que quer pelos personagens que as marcas utilizam.

Os personagens servem como encurtadores do branding, e chegam até a substituir a marca. Não é mais Johnson &Johnson, é o band-aid das princesas. Ou seja, há uma grande oportunidade para marcas que se utilizam do licenciamento de personagens, e que marcam presença na mídia. Afinal, se a criança não vê o comercial, não vai pedir o produto aos pais. Essa presença massiva de produtos personificados gera revolta em muitos pais e estudiosos. “É a mesma maçã que tem na bancada, mas só porque é da turma da mônica custa o triplo do preço”, como disse Luzia em sua palestra em sala.
Helleno Carvalho, estudante e blogueiro, vai contra esse pensamento, e acredita que é graças à publicidade infantil que temos os desenhos educativos e voltados a esse público. Esses são mantidos pela verba gasta nas inserções comerciais dos canais, e são essenciais para o desenvolvimento da criança.


E a briga não para por aí. Atualmente, podemos encontrar milhares de vídeos discutindo a proibição ou não de propagandas a esse público. Encontramos um caso famoso, onde duas instituições importantes fizeram seus vídeos, a favor e contra a veiculação de propagandas para a crianças na televisão. Uma das campanhas é da ABAP (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), e a outra é do instituto Alana. O sociólogo Laurindo Leal Filho para analisar as propostas:


E você, é a favor ou contra a publicidade direcionada a crianças?

Grupo:
Cristina Sider
Mariana Papa
Mayra Campagna
Paula Riso

Comunicação Social 6B

Muito mais que Revolução Digital #osincriveisultimos10anos


          “A revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas. Acontece quando a sociedade adota novos comportamentos.” Iniciamos o post de hoje com essa frase, pois ela compila a nossa realidade atual. Quando uma revolução está ocorrendo, nós não a percebemos. Só a notamos a partir das mudanças de comportamento que surgem a partir dos acontecimentos. é por isso que hoje podemos dizer que estamos em plena revolução tecnológica, pois ao observar os hábitos dos consumidores, percebeu-se a drástica mudança de comportamento. Entre os anos de 1930 e 1990, tivemos 50 anos de profundas mudanças. Contudo, podemos afirmar que nos últimos 10 anos, mudamos mais que nos 50 anos antes considerados.
          Não é novidade ouvirmos e repetirmos que hoje em dia o mundo inteiro está conectado,portanto, podemos chamar a comunicação de “Many to many” (e não mais “one-to-one”). Todo mundo está se comunicando ao mesmo tempo e ainda todos são capazes de gerar mídia, ou qualquer tipo de conteúdo. Atualmente o consumidor, ou “neoconsumidor” é muito mais influente e determinante nas estratégias e diretrizes das empresas, uma vez que além de global, ele é também multicanal e digital.

          O cenário mudou, e hoje qualquer marca quer ouvir o que o seus consumidores têm a dizer sobre seu produto, bem como sugestões e críticas. Um exemplo deste novo momento, é a forma como, hoje, a decisão de compra é tomada: quando recebemos estímulos por meio da comunicação de um produto, pesquisamos melhor sobre ele, através de experiências de outras pessoas, em redes sociais e blogs. Por isso, a decisão de compra tem muito mais força através do boca a boca e da experiência com o produto. O consumidor, enfim, está mais consciente e isso significa uma nova postura e mais humana, definindo uma nova cultura e uma nova sociedade.  
          Além da mudança de comportamento da comunicação por parte dos consumidores, houve uma mudança de comportamento em geral perante as informações. Hoje em dia, uma notícia se espalha de forma muito mais veloz e uma mesma notícia pode ser difundida de ilimitadas formas diferentes e com uma intensidade muito maior devido ao avanço da tecnologia.
          Logo, estamos falando de adaptação e quebra de paradigmas da tecnologia e da comunicação em geral.
          Para tanto, selecionamos a imagem abaixo para ilustrar este novo mundo do qual estamos falando:

          O mais impressionante é que estamos discursando em cima de apenas oito anos de historia, correspondentes à passagem de um Papado para outro, e já notamos, com bastante clareza, a discrepância de realidades, bem como o quanto as pessoas estão  conectadas, globalizadas, multicanalizadas e registrando momentos e armazenando memórias. É mais do que uma mudança de comportamento! Nosso celular e demais aparelhos digitais já se tornaram uma extensão do nosso corpo.
          Recentemente incorporamos o hábito de compartilhar nossa vidas nas redes sociais: verificou-se que faz muito sentido para a sociedade de hoje falar publicamente sobre o que gostamos, acreditamos e achamos sobre qualquer assunto. Um simples “like” no Facebook traz imensa satisfação para o “dono” do “post” ou do comentário ao “post” e essa é uma realidade que vem sido profundamente estudada por muitas instituições, com focos bem diferentes. Uma sensação boa de que somos capazes de influenciar alguém, ou que alguém compartilha do mesmo sentimento que você, mexe verdadeiramente com a autoestima. Esse retorno positivo das pessoas é o combustível de todo esse processo. As pessoas tem, sim, a necessidade de serem ouvidas, mas, principalmente, necessitam sentir-se amadas. O conceito da necessidade humana deve ser revisado, pois estudos apontam grandes alterações ao longo dos anos.
          Hoje, o consumidor não consome apenas bens e objetos, mas consome também cidadania, solidariedade, ética, ecologia. O consumo consciente está crescendo cada vez mais, pois há uma tendência favorável aos assuntos relacionados ao meio ambiente. O número de pessoas dispostas a pagar mais por um produto que seja responsável com o meio ambiente ou mudar o estilo de vida para beneficiá-lo, cresce a  cada dia.
          Além disso, com essas intermináveis mudanças do consumidor, as empresas também tendem a mudar, e isso se reflete numa evolução dos engajamentos: inicialmente as empresas se comunicavam com seus consumidores e esses somente ouviam, sem apresentar uma resposta ativa. Uma segunda etapa veio quando além de se comunicar as empresas começam a ouvir a opinião de seus consumidores, fechando o ciclo do chamado Engajamento Vertical. É então que surge o Engajamento Lateral, o qual possibilita discussões entre os consumidores, sobre uma empresa, seja em redes sociais, ou em conversas informais e nem sempre a empresa falada participa disso.
          Esse cenário evolui cada vez mais, tanto por parte dos consumidores como por parte das empresas e o papel da internet está cada vez mais influente, fazendo-se necessário e viabilizando a comunicação entre mais e mais pessoas. Por isso, a revolução é a adoção de novos comportamentos e não de novas tecnologias.

Integrantes:
Isabela Domingues
Luiza Battistetti
Renata Svaizer
Sheila Gerstler
Sylvia Zonari

segunda-feira, 18 de março de 2013

Comunicação horizontal. Eu curto.


Não há muito, a relação consumidor-empresa sofreu alterações que jamais teríamos imaginado. Com o crescimento das mídias sociais e o aumento constante de usuários, foi possível o desenvolvimento de novos hábitos no ciclo de consumo.  

Se antes éramos passivos no processo de comunicação, dependendo basicamente da propaganda do produto para a decisão de compra; hoje somos, talvez, a principal ferramenta de auxílio e também de perigo para as empresas.

Com a criação dos SACs, o consumidor, enfim, encontrou um meio de exigir e cobrar serviços. Pela primeira vez existia uma comunicação direta entre o cliente e quem providenciava um produto ou serviço. Por outro lado, as mídias sociais tiram qualquer controle que as empresas têm sobre as opiniões de seus clientes.

Teve início a comunicação horizontal. Consumidores trocam informações entre si, sobre as qualidades e defeitos de determinado serviço ou produto. E os responsáveis, na maioria das vezes, nem ao menos sabem disso.



No meio digital, o indivíduo tem a sensação de estar no centro dos acontecimentos e a exposição em larga escala auxilia na falsa relevância de seus comentários.


Os consumidores são dividos em três principais categorias no meio digital:

Conectores: Aqueles que trocam opiniões.

Bem informados: São aqueles que fornecem informações relevantes e específicas sobre os produtos ou serviços.

Influentes: Conseguem convencer outras pessoas a consumirem determinado produto ou serviço a partir de sua própria opinião.


O processo de compra atual mostra que a pesquisa prévia sobre o produto é uma etapa fundamental sobre a compra do mesmo. Sendo assim, essa participação que os consumidores possuem nas redes sociais é de grande influência para a decisão final de compra.


Aos poucos, essa movimentação dos consumidores no ambiente digital se transformou em fonte para pesquisa das empresas mais atentas. Algumas até mesmo se inseriram nesse ambiente de redes sociais, e agora tiram dele informações que não conseguiriam antes com uma pesquisa de mercado tradicional.



Dois exemplos de lançamento de produtos baseados no ativismo de consumidores internautas são a criação da Bald Barbie pela Mattel e o relançamento do ferrorama com a Estrela. O primeiro começou com uma campanha pela conscientização do câncer infantil nos Estados Unidos e o segundo em uma comunidade no Orkut (em 2010, essa rede social ainda era a mais usada pelos brasileiros).





Atualmente também existe uma grande intersecção simultânea de telespectadores e usuários de redes sociais. 27% desse público confirmam dar um “feedback” imediato para a web perante o que está sendo transmitido pela televisão convencional (por exemplo, novelas, jornais, reality shows etc). Isso confirma o fato de que as empresas precisam estar 100% do tempo atentas com os públicos receptores e produtores de conteúdo por esses canais digitais. É importante também que as empresas utilizem esses meios de informação para passar mensagens simultâneas por meios diferentes, criando assim pela junção estratégica de meios de comunicação uma sinergia de recepção de conteúdo e respectivamente um aumento de share of mind da marca.



André Ribeiro
Augusto Romi
Frederico Marquezini
Guilherme Lubianchi
Henrique Castilho

CSO – 6A

QualiBest


As Crianças da QualiBest

A pesquisa de mercado que conhecemos hoje não era muito utilizada até pouco tempo atrás, isso porque a teoria funcionalista era predominante e as emissoras juntamente com as empresas acreditavam que a pesquisa não se fazia necessária, e que o público era passivo. Cada vez mais e mais as grandes empresas começaram a investir em pesquisas, fazendo com que seus portfólios de produtos e suas comunicações se adequassem ao seu target. O grande problema é que os preços destas pesquisas eram muito altos, principalmente pesquisas com segmentos mais específicos, como o infantil. 
 Por se tratar de uma prática que não era muito explorada, os institutos de pesquisa ainda podem trazer grandes avanços em seus estudos, um destes é o das pesquisas com crianças. Este tipo de pesquisa está ajudando muito no crescimento do mercado de artigos voltados para o público infantil, que movimenta 50 bilhões de reais por ano em todo o país, (fonte: http://www.marketinginfantil.xpg.com.br/2006/07/27/mercado-infantil-movimenta-r-50-bilhoes-por-ano/), mas que ainda não é muito explorado pelas empresas. O preço alto e a dificuldade de acesso ao público alvo são os principais motivos dessa falta de investimento.

  A tecnologia veio para solucionar este problema, com o advento da internet e a revolução dos meios de comunicação, temos hoje em dia um canal muito mais prático e eficiente para realizar pesquisas. Um exemplo disso é o case da empresa QualiBest. A empresa foi fundada no ano 2000 e é pioneira no segmento de pesquisas online no Brasil, possui diversas metodologias inovadoras além de ter o maior painel online do mercado nacional, com mais de 250 mil consumidores cadastrados, tendo realizado mais de 2.500 estudos. 

O case de pesquisa infantil mostrado em sala utilizou o painel QPainelKids&Teens que possui um mix de ferramentas que permite a abordagem de vários temas em momentos distintos, além de funcionar como um “organismo vivo” em que as pessoas podem entrar e sair o tempo todo. A pesquisa foi feita para testar o novo painel, com métodos menos tradicionais e bem mais adequados à geração touch/online que era o foco da pesquisa.


Da pesquisa foram extraídas algumas tendências nos hábitos de compra do público infantil, seu poder de influência na hora da compra, seus hábitos de lazer, o entendimento do tema sustentabilidade, dentre outros itens que envolvem as crianças como consumidores. Dentre as constatações, a pesquisa mostra que as crianças já são os decisores de compra, principalmente quando mostram o comercial do produto aos pais ou quando vão aos supermercados/shoppings/lojas com eles e têm a possibilidade de convencê-los. A pesquisa mostrou, por exemplo, que os pais costumam comprar com frequência o que as crianças desejam quando elas os acompanham ao supermercado, e quase nunca quando elas não acompanham.


Mostrou também que público infantil possui muito tempo ocioso e ocupa-se principalmente com atividades relacionadas a escola, enquanto os momentos de lazer são mais indoor e relacionados ao mundo virtual. As crianças relacionam a palavra diversão com videogame, internet e tecnologia, e como 43% não realiza nenhuma atividade extra, o tempo é ocupado na frente da TV ou do computador (sempre indoor). Elas assistem em média 2 horas de TV por dia, principalmente os canais fechados, e dão boa audiência aos programas com censura acima de 12 anos. 

 Justamente por serem bombardeados por comerciais – seja na TV ou na internet – as crianças possuem uma relação cotidiana muito forte com os seus personagens preferidos, e dentro dessa relação temos duas vertentes: como os meninos imaginam e se identificam com os personagens e como as meninas o fazem. Eles são bastante diferentes e é preciso um olhar clínico para agradar ambos ao fazer a divulgação de um produto para ambos os sexos. 

 
Buscando se beneficiar deste fenômeno, é muito comum vermos inúmeros produtos trazendo os personagens favoritos das crianças. O licenciamento é muito forte para este público, pois elas passam a se identificar com uma determinada marca a partir do personagem que estampa as embalagens de seus produtos. Os personagens estão presentes nos mais variados objetos: desde toalhas até camisetas e tênis de seus desenhos preferidos e isto se reflete também no fator confiabilidade, pois eles acreditam no que seus heróis têm a dizer, independentemente do que vai ser dito. Um fato surpreendente foi o número de crianças que se lembram das marcas que possuem em casa, mesmo que o produto não pareça “interessante”. Como exemplo, vimos na pesquisa que apenas 3% não sabem a marca de sabonete que os pais compram.

Quanto ao tema “sustentabilidade”, a pesquisa mostrou que as crianças não entendem o conceito, possuem apenas um conjunto de atitudes que identifiquem uma boa conduta sustentável, mas são sempre bastante pontuais e fragmentadas. Para elas, sustentabilidade é: não jogar lixo na rua, não gastar luz e energia sem propósito, cuidar do planeta, entre outros. Os pais são os maiores influenciadores da boa conduta com a energia elétrica, mas a defendem basicamente para controlar a conta de luz. O grupo também identificou o fator “confiabilidade” citado anteriormente, pois quando a QualiBest perguntou às crianças quem poderia falar sobre o tema elas responderam seus personagens favoritos, sem fazer conexão alguma entre o tema e a personalidade ou conduta desses personagens. Várias delas responderam, por exemplo, que o Homer (dos Simpsons) poderia discutir sobre tema, e a conduta deste personagem definitivamente não condiz com o conceito de sustentabilidade. O que mostra um falta de domínio sobre o assunto por parte das crianças.


Ao se adaptar as habilidades e perspectivas distintas do público infantil, o QPainelKids&Teens foi muito além dos métodos tradicionais de pesquisa de mercado. Através de um mix de ferramentas, o painel revelou que o público infantil possui altíssimo poder de influência na hora da compra, além de alta lembrança das marcas com que tem contato. Ademais, o painel demonstrou que as crianças tem a tendência de se identificar bastante com determinadas marcas, na maior parte das vezes a partir de seus personagens. Os resultados do QPainelKids&Teens ressaltam a importância do investimento em marketing para o mercado infantil, pois há uma grande oportunidade de dialogar com um consumidor que é altamente envolvido com marcas.  Portanto, é fundamental que as empresas invistam em metodologias  inovadoras de pesquisa, como o próprio painel da QualiBest, para que continuem aprofundando seu conhecimento desse pequeno consumidor.

Grupo:

Alexandre Maluf
Anna Musso
Camilla Cardoso
Luiz Gustavo Angi 
Nathalya Quintanilha
Patrícia Lenz
Rafael Pereira

6C